Arde-me a cara e sabe-me a verão.
39.
Lembraste de quando metemos um sofá fora de casa e ficámos a observar a noite chegar e ir embora, sem nunca a abandonar? Esta foto é das poucas memórias que ficaram desse dia-noite-dia, junta com o cheiro a maresia e a felicidade que gela.
38.
As pessoas inteligentes alimentam-me de uma forma inacreditável, preciso deste estímulo mental, destas conversas que não se ficam pelos imediatismos.
35.
Os que são meus deviam estar sempre protegidos por colchões fortes e embrulhados em tecidos de cetim e o que mais me dói nesta vida, o que mais me magoa o tempo inteiro, é não conseguir proteger as minhas pessoas para que o mundo não as danifique tanto.
33.
As minhas palavras são a minha vida, as que me dirigem não me são nada senão mentiras mal ensaiadas.
(Gostava tanto de acreditar no mundo).
31.
Book Reviews #1
O The Lovely Bones mereceu uma segunda oportunidade e devo dizer que não faço ideia de porque é que da primeira vez que o tentei ler me soube a tão pouco. Incrivelmente envolvente, cru, perspicaz, faz-nos sentir cúmplices da pequena Susie o tempo inteiro.


29.
Lembro-me do Ondjaki me contar de como em NY dizia aos professores que com graus negativos era muito frio e não podia sair de casa e como em áfrica o tio lhe prometia a piscina de coca-cola. Ficaram-me, e vão-me ficar para sempre. E sem querer com todas essas histórias moldou muito do que sonho hoje.
27.
As pessoas andam tão carregadas de magia e nem se apercebem. Acho um verdadeiro crime, que as pessoas se esqueçam tantas vezes que foram embebidas em amor à nascença. Não se esqueçam que são seres absolutamente perfeitos dentro de toda a vossa imperfeição, está bem?
26.
Marina Abramović e o seu companheiro/colega Ulay interpretando Death Self. Nesta actuação os dois artistas sentavam-se em frente um do outro, ligados pela boca. Inspiravam as expirações do outro, até que o oxigénio disponível tivesse sido todo usado. A actuação durava apenas 17 minutos, quando ambos os artistas caíam inconscientes no chão, tendo enchido os seus pulmões com dióxido de carbono. Esta peça pessoal explorava a ideia da capacidade de um indivíduo absorver a vida de outra pessoa, trocando-a e destruindo-a.
Lembro-me de descobrir isto há um ano e tal, e ainda agora o conceito me envolve o coração.
23.
Hoje acordei como as pessoas acordam nos filmes, de bom humor e tudo. Começo a achar que ter uma música adorável como despertador resulta.
22.

Lisboa é como aquelas casas que ao fim de 20 anos ainda cheiram a nós, à nossa vida, e nos recebem de braços abertos, como se nunca tivéssemos ido embora.
17.
Preciso gravemente de ser embalada durante horas, sentir um bocadinho de amor nos ossos. Nem que não seja amor: sentir um bocadinho de calor a aquecer-me, que tenho andado mais gelada que o mar do ártico.
15.
Ainda não vos falei do meu querido "Wreck this Journal" que é um livro... para estragar. O objectivo é pessoas como eu, com a mania de ter tudo perfeitinho e organizado, serem capazes de quebrar esse padrão e fazer coisas que nunca pensaram fazer a um livro ou caderno.

14.
Continuo a achar que a poesia é a maior fonte de alimento que temos e eu tenho andado cheia de fome.
10.
Vai-me custar ter de abdicar das noites quando a escola começar. São a parte mais bonita do dia inteiro.
8.
... e a história da bailarina que não era especial para ninguém e do rapaz que não sabia dançar está finalmente acabada.
7.
E não há nada que faça melhor ao ser do que mudar de ares. Principalmente se for para um sítio assim, onde o ar nos abraça e quase que sussurra que teve saudades nossas.
4.
Desta vez decidi que em vez de pegar nos livros para que me inclino sempre, ia fazer de forma diferente e deixar que fossem os outros a dizerem-me o que devia ler. E estes são os pedaços de amor que me vão ocupar os próximos tempos:
A Coleccionadora de Ilusões - Chris Bohjalian
A Rapariga que Roubava Livros - Markus Zusak
O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde
Persuasão - Jane Austen
Jerusalém - Gonçalo M.Tavares
O Livro dos Homens Sem Luz - João Tordo
3.
Nunca sei o que fazer quando fico com aquela sensação terrível de querer vomitar e saber que na verdade não é vomitar que quero, é que o coração deixe de doer.
1.
Se querem que vos diga, não sei bem para que é que é este blogue e ainda não pensei nisso muito profundamente. Deve acabar por misturar fotografias, pensamentos soltos e desabafos momentâneos, transformando-se na confusão que é a minha cabeça. No entanto, e por isso mesmo, será uma espécie de rascunho do meu ser, o que as pessoas tão bem chamam espelho da alma.
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