182.

- O que fazes quando largas as amarras e és já só  um papel ao vento? Quando desistir é a única palavra que cabe na tua boca?
- Respiras, dizes que vais morrer, pegas nos chinelos e vais buscar o chá que ferve ao lume.

181.

Dizes que não cuido de mim, não sabendo as noites que passo com o coração ao frio a tentar atenuar o sangue pisado das pancadas dos teus punhos, da tua alma, do teu ser. Soubesses tu o amor que é preciso para eu não quebrar ao vento. Soubesses tu a força que faço para cuidar do que escapou às tuas garras afiadas.